De 25 de março a 7 de abril de 2024

2024 32º Edição

Telúrica, primeira mostra de palhaçaria feita por mulheres no Festival de Curitiba começa nesta sexta-feira (29)

Por Sandro Moser

No dia de nascimento do Julieta Hernández, a palhaça Jujuba, a artista venezuelana assassinada em janeiro enquanto viajava de bicicleta pelo Brasil, o grupo de artistas mulheres que forma a “Telúrica – Mostra de Palhaçaria” esteve na sala de imprensa do Festival de Curitiba, no Hotel Mabu, para dizer presente e ocupar um novo espaço a sua arte.

A mostra que reúne artistas de palhaçaria de várias partes do país terá três espetáculos e duas mesas de debate que estreia nesta edição do Festival de Curitiba nesta sexta (29) e tem programação até domingo (31). Veja a programação completa abaixo.

A mostra é uma versão adaptada do Festival Telúrica, um evento independente que o mesmo grupo de artistas criou em 2019.  Nesta quarta as palhaças Camila Jorge, Yara Rossatto, Karina Flor e Biaflora Lima, estiveram na sala de Imprensa no hotel Mabu para divulgar a programação da mostra. Além das artistas radicadas em Curitiba, também estava presente Vera Ribeiro do primeiro coletivo de mulheres palhaças do Brasil, que começou em 1991 no Rio de Janeiro.

Vera é a representante de um movimento de mais de três décadas em que há um aumento exponencial da presença de mulheres na arte da palhaçaria. “Nas últimas três décadas, aumentou muito a presença de palhaças mulheres aqui e no mundo inteiro, mesmo em projetos sociais em hospitais. É legal pensar também nesse movimento de expansão da palhaçaria feita por mulheres, porque abriu esse espaço num lugar que foi historicamente ocupado por palhaços homens”, disse Yara.

A participação no Festival de Curitiba é uma forma de expandir nacionalmente esta atuação segundo Karina Flor.  “A gente realmente se inseriu no Festival de Curitiba estrategicamente, não sem muitos esforços porque é esse espaço de visibilidade. Queremos alcançar novos públicos e que o Festival Telúrica se torne um festival inserido na programação anual de palhaçaria, de festivais feitos por mulheres palhaças”, disse.

Segundo Biaflora, a palhaçaria feita por mulheres leva em conta a importância do território e procura outras dramaturgias que não sejam misóginas. “Muitas das esquetes tradicionais de circo, que têm muitas gags que são ofensivas e agressivas às mulheres, então a gente já entra dentro desse campo com essa consciência, mas é claro que a palhaçaria é imensa, um lugar onde pode tudo”.

 

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