Espetáculos que exploram movimentos corporais, sobrecargas da sociedade e histórias emocionantes são pautas

Por Nicole Maciel, especial para o Festival de Curitiba

Moridjane. Foto: Humberto Araujo.

A Mostra Fringe traz atrações de graça que prometem impressionar o público com uma programação diversificada na 33° edição do Festival de Curitiba. Mesclando a dança e o teatro, a plateia pode acompanhar desde atos de resistência até reflexões contemporâneas sobre o corpo humano. Em destaque, dois espetáculos baseados no livro “Sociedade do Cansaço”, de Byung-Chul Han – uma montagem de Curitiba e uma de São Paulo. Aqui estão cinco produções imperdíveis para você assistir.

Moridjane (Londrina)

Inspirada pelos ritmos guineenses Mandjane e Moribayassa, a percussão e a dança se juntam no mergulho nas tradições e resistências afrodiaspóricas, contando histórias sobre a força das ancestralidades. A obra procura celebrar raízes africanas ao conectar os hábitos tradicionais com a liberdade do contemporâneo.

Como Dançar Junto (Londrina)

Com duração de aproximadamente 50 minutos, “Como Dançar Junto” transforma o espaço público, ao ar livre, em um palco que é movimentado pelo ritmo da cidade. Através das expressões corporais, cadências, lembranças e sentimentos passados dos artistas, a apresentação dialoga com a história de cada intérprete, despertando um olhar de curiosidade para o futuro, e transita pelas calçadas da cidade.

Por Que Sempre Volto? (Curitiba)

Baseada na obra “Sociedade do Cansaço”, de Byung-Chul Han, a apresentação de dança contemporânea é uma experimentação de encontros e desdobramentos de trabalhos antigos do grupo. Explorando a ideia “demorar-se, estadia, refazeções de si”, a performance sugere uma reflexão sobre o ritmo rápido da vida moderna.

Em Atos de Ruir (Estudos sobre o Fracasso) (São Paulo)

Unindo a dança ao teatro, o espetáculo também se baseia no livro de Byung-Chul Han. A apresentação aborda o crescimento do número de diagnósticos de doenças como depressão, transtornos de personalidade e síndromes oriundas da sobrecarga dos estímulos de uma sociedade acelerada. A obra reflete a fala do autor “a dança é um luxo que foge ao princípio de desempenho”.

Capitu Lê + Abertura Dança Cigana (Araucária)

Sobe, desce, anda e corre, essa é a rotina de Capitu, uma gatinha que ama achar novas histórias através dos livros. Depois de ler todos os livros da casa do pai, Capitu encontra, em uma de suas aventuras, Seu Menelau. Ele a leva à biblioteca da cidade para um reencontro emocionante com uma convidada especial.

Serviço:
Espetáculos de dança na Mostra Fringe
Moridjane (Londrina) – 28/03 e 29/03, às 11h – sexta na Praça João Cândido e sábado na Praça Osório – Boca Maldita
Como Dançar Junto (Londrina) – 30/03, 10h – Praça João Cândido – Ruínas
Por Que Sempre Volto? (Curitiba) – 03/04, quinta-feira, às 20h – Centro Estadual de Capacitação em Artes Guido Viaro, Capão da Imbuia
Em Atos de Ruir (Estudos sobre o Fracasso) (São Paulo) – 03/04, às 10h30 – Rua Monsenhor Celso, esquina com XV de Novembro; 05/04, sábado, às 14h – Praça Osório – Boca Maldita
Capitu Lê + Abertura Dança Cigana (Araucária) – 04 e 05/04, às 20h – Teatro da Praça, São Vicente de Paulo, 1091, Centro. Araucária

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