Por Sandoval Matheus – Agência de Notícias do Festival de Curitiba.

 

Giovana Soar, Patrick Pessoa e Daniele Sampaio, o trio de curadores do Festival de Curitiba em 2023.

Transformar o espectador, mas sem apontar ou impor caminhos. Esse é um resumo da ideia que em 2023 guiou a curadoria da Mostra Lucia Camargo, principal vitrine do Festival de Curitiba.

“Evidente que a gente tem o desejo de transformar as pessoas, de que elas saiam diferentes do teatro. Ao mesmo tempo, ninguém tem o interesse de direcionar os olhares pra um pensamento x, y ou z. O que importa é o processo”, explicou Daniele Sampaio, uma das curadoras do Festival, durante entrevista para o canal do Youtube Questão de Crítica.

Veja aqui o programa completo.

“Muitas vezes a gente se fecha no nosso grupo, o que é muito confortável, porque na nossa bolha todo mundo concorda. Um festival como o de Curitiba é uma boa oportunidade também pra gente, como profissional, uma oportunidade de encarar o mundo, fazer essa negociação”, completou.

Giovana Soar, outra das responsáveis pela seleção de espetáculos, fez coro. “Na capa do Guia do Festival já está escrito que ele é para todos”, argumentou. “Por isso, fazer essa curadoria é uma responsabilidade enorme. É muito difícil escolher só 30 espetáculos num Brasil tão diverso, rico, plural. Pra quem você dá voz? Pra quem você dá palco? É uma coisa que não te deixa dormir à noite”, brincou ela.

Em paralelo a isso, em sua 31ª edição o Festival de Curitiba também tenta imaginar que Brasil nos aguarda na próxima quadra da história. “Todo mundo que trabalhou nessa seleção tinha um mote na cabeça, trabalhou pensando numa ‘arqueologia do futuro’, que inclusive é o título de um dos espetáculos. A gente queria que o mesmo espírito estivesse presente no restante da grade da mostra”, finalizou Patrick Pessoa, que completa o trio de curadores do Festival.

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