De 25 de março a 7 de abril de 2024

2024 32º Edição

Jéfferson Ribeiro, especial para o Festival de Curitiba

“Nossa ideia é ser a mosca que pousou na sopa. Incomodar e trazer uma reflexão sobre teatro, pois não existe uma só maneira de fazer e de contar uma história para o público”, explica Kelvin Millarch um dos diretores da mostra Namoskà que que estreia na edição 32ª do Festival de Curitiba.

A mostra produzida pela Cia KÀ de Teatro independente programa seis peças e quatro oficinas entre os dias 28 de março a 1º de abril no Miniauditório Glauco Flores de Sá Brito.

Na mostra, os diretores da companhia Caio Frankiu e Kelvin Millarch propõem uma variedade de temas em peças e oficinas que refletem projetos que fazem parte da pesquisa do grupo ou de artistas conectados com o movimento por eles produzido nos últimos anos.

“Trazemos o lado histórico de Curitiba, sobre os primeiros cines – teatros e o processo de igrejização dos cinemas na capital, o teatro de bolso perdendo espaço e a construção do Teatro Guaira e como ele se mantém depois”.

Três peças da mostra Namoskà estreiam no festival, a primeira é Kraken feito em 3 atos de dança/teatro, Eco que é um conto grego que vai para uma tragedia brasileira entre 2 mulheres, e indo para um lado com elementos do terror, Pilar De Fogo que conta a direção de Kelvin Millarch.“Fiz um laboratório de um ano, estudando analisando e assistindo filmes do gênero, buscando referência no Zé do Caixão, sempre trazendo esse folclore brasileiro”, disse.

Numa perspectiva mais intimista, o espetáculo “DOCE²”, um classico recente do teatro experimental de Curitiba, é um solo feita com base nas cartas escritas por Kelvin na qual ele encara a depressão que teve há alguns anos. A peça começou e vai encerrar seu ciclo no festival.

Há ainda “Coração Delator”, peça em que o publico acompanha o ator no espaço cênico criando uma procura por respostas dos atores e público durante o espetáculo, e “Archigram” que é interpretação utópica do urbanismo por Caio Frankiu.

No final da conversa, na sala de imprensa do festival do Hotel Mabu, Kelvin comemorou a evolução do grupo do Festival de Curitiba.“A gente sempre estuda o mercado, sempre buscamos fazer um laboratório de um ano e somos muito gratas as 28 pessoas que fazem parte da KÀ. É uma grande oportunidade este acolhimento para trazer nossa arte. O festival faz parte da nossa história”.